Afinal de contas, qual é o papel do Advogado Criminalista?
- Marduy & Vieira Advocacia

- 25 de fev. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 25 de jun. de 2022
A atividade do Advogado Criminalista é, sobretudo, preventiva. Preventiva contra possíveis ataques aos direitos e as liberdades individuais previstas na Constituição Federal.
O espírito da Advocacia exerce força coercitiva sobre a imposição daqueles que operam a favor do Estado, uma vez que tendem a criar e aplicar leis mais rígidas, que afrontam direitos individuais e coletivos.
O homem médio talvez nunca entenda verdadeiramente o papel do Advogado criminal, visto que há uma tendência de colocar-se no lugar da vítima ou da família da vítima. Mas o verdadeiro operador do direito deve se “afastar” do crime para entender o que é melhor para a sociedade a curto, médio e longo prazo., e principalmente entender que todos nós temos nossos direitos resguardados.

A relevância do Advogado Criminalista é ainda maior hoje em dia, visto que a punição, ou melhor, a "pior punição" reside na mente das pessoas.
O cenário é ainda pior, no Brasil, uma vez que a vontade e a paixão popular, corroborada com a mídia, estão acima da razão jurídica, o que se revela preocupante.
Muitos demonizam os Advogados Criminalistas, visto que estes defendem “bandidos”. Ocorre que a atividade do Advogado Criminal é uma forma, muitas vezes inconsciente e invisível de resistência que evita a condenação de inocentes, porque sem essa muralha (atividade advocatícia), o Estado irá começar a punir os cidadãos sem qualquer critério legal e/ou justo.
Imaginemos um mundo apenas com acusadores e julgadores. Como seria? Com certeza, infernal.
Nenhum sistema é perfeito, nenhuma lei é completamente justa e nenhum julgador é incorruptível.
A Advocacia Criminal deve ser vista com melhores olhos pela população em geral, visto que o espírito da Advocacia Criminal defende a todos, mesmo que de forma imperceptível para a maioria, sendo, na prática, relevantíssimo pilar para a própria democracia.
Doutor(a), mas você defende qualquer tipo de “bandido”? A resposta é sim, porque ao criar “exceções” ao direito de defesa, estaremos criando brechas para o Estado destruir essa muralha defensora da sociedade chamada Advocacia Criminal, que exerce papel preventivo ininterrupto e ajuda a manter o Estado Democrático de Direito.
Referência: Canal Ciências Criminais.









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